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Investimento em Imóvel vs Investimento em Fundos Imobiliários
POR
Thiago Fleith Otuki (otuki)

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Publicado em
27 / 11 / 2017
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Economista do Clube FII
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No primeiro artigo fiz uma breve definição do que é um Fundo Imobiliário (FII). Espero que vocês tenham aproveitado também o Programa Educacional gratuito e produzido pelo Clube FII justamente para os investidores interessados em começar a investir neste mercado. Citei as principais vantagens dos FIIs. O objetivo do segundo artigo é demonstrar, a partir de dados atuais, que investir em imóveis via FIIs é mais rentável do que comprar uma sala comercial ou um imóvel residencial com o objetivo de obter renda recorrente. Vamos realizar um cálculo primeiro de quanto um investidor pode obter de rentabilidade ao comprar uma sala comercial ou um imóvel residencial nas principais cidades brasileiras. Minha fonte é o já tradicional “Índice FipeZap Comercial e Residencial” calculado pela FIPE em conjunto com o portal ZAP Imóveis. O relatório comercial é com base no preço do metro quadrado de salas de até 200 m2 em 4 municípios (Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte). O investidor vai pagar em média R$9.848,00 por metro quadrado segundo a última informação de agosto/2017. Já o Índice FipeZap Comercial (Locação) indica que, nesses mesmos munícipios, os proprietários estão recebendo em média R$41,34 de aluguel por metro quadrado. Então, podemos concluir que o retorno mensal do investidor que decidir investir agora no mercado imobiliário comercial 0,42% ao mês bruto (ou 5,2% ao ano). Mas você deve descontar 15% de imposto de renda. O valor líquido de IR é um retorno mensal de 0,35% ao mês e 4,42% ao ano.
Para o investidor que decidir investir em um imóvel residencial para alugar o retorno é ainda pior. O Índice FipeZap Residencial monitora o preço médio do m2 de apartamentos prontos em 15 cidades brasileiras. O investidor, atualmente, obtém uma rentabilidade bruta anual de 4,3%. O valor líquido de IR é um retorno de 3,65%. A cidade com maior rentabilidade é Santos com 6,4% ao ano bruto e a menor é na cidade de Fortaleza com 3,2%. Lembrando que essas rentabilidades são referentes ao rendimento proveniente de aluguel e não contabiliza a possível valorização dos imóveis.
E o investimento em imóveis via Fundos Imobiliários, qual a rentabilidade esperada? A partir do sistema do Clube FII, realizei uma análise no segmento de lajes corporativas com o objetivo de fazer um paralelo com a rentabilidade encontrada no FipeZap Comercial. Fiz um cálculo somente dos FIIs desta categoria que tenham participação no IFIX (Índice de Fundos Imobiliários) para garantir maior liquidez. Temos, atualmente, 28 fundos do segmento de lajes corporativas que estão listados no IFIX. Lembrem que os dividendos provenientes da receita de aluguel dos imóveis que estão na carteira dos FIIs são isentos de imposto de renda. Então você recebe os dividendos na sua conta na corretora mensalmente sem necessidade de pagar IR. Bom, vamos aos resultados. Levando em consideração os dividendos distribuídos nos últimos 12 meses e os preços atuais das cotas dos FIIs no mercado, o investidor tem um retorno esperado líquido de imposto de renda de 5,71% ao ano nos fundos mais líquidos do setor de lajes corporativas. Isso representa uma rentabilidade anual líquida 29,10% acima do investimento em um imóvel comercial e 56,44% acima de um investimento imobiliário residencial! Veja que é uma diferença significativa. Isso tudo com maior comodidade, liquidez e diversificação, mas vamos tratar desses temas nos próximos artigos.
Rentabilidade Anual Líquida

Pense muito bem antes de investir no mercado imobiliário. Se você tem interesse em aprofundar os conhecimentos em Fundos Imobiliários e rapidamente aprender a investir nesse mercado conheça nosso (Curso “Fundos Imobiliários – Um Jeito Inteligente de Investir em Imóveis”. Espero que esse artigo tenha lhe ajudado nas suas decisões de investimentos..

Um abraço e até o próximo artigo!

Fundos de CRI: Renda Fixa ou Variável?
Nos últimos anos, o mercado de Fundos Imobiliários viu um crescimento importante do segmento de recebíveis. Os chamados Fundos de CRI são a categoria mais relevante hoje do IFIX, sendo responsável por mais de 38% do IFIX. Um dos argumentos utilizados pelos defensores dessa classe de ativos é que, pelo fato de CRI ser um ativo de renda fixa, os FIIs desse segmento seriam também uma operação de renda fixa o que, por natureza, tem menos risco que uma ativo de renda variável.
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