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(Tijolo = Investimento Imobiliário = Imóvel) + (CRI = Investimento Imobiliário = Renda Fixa)
POR
Daniel Malheiros (Malheiros_RBR)

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Publicado em
26 / 08 / 2019
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Gestor da RBR Asset Management
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(Tijolo = Investimento Imobiliário = Imóvel) + (CRI* = Investimento Imobiliário = Renda Fixa)
*CRI = Certificado de Recebível Imobiliário

A frase acima surge da provocação que queremos fazer a você, investidor. Entendemos que uma maneira de se expor ao mercado imobiliário de forma eficiente e segura é combinar investimentos em imóveis (tijolo) e papel/CRI (renda fixa) - opções de investimento diferentes, mas complementares, algo essencial especialmente num país tão instável como o Brasil.


Como uma gestora especializada em Real Estate, procuramos usar todo nosso conhecimento no setor para identificar bons negócios em toda a cadeia imobiliária, utilizando diversas estruturas/veículos de investimento. Dessa forma, olhamos de perto o tradicional “tijolo”, direto ou via Fundos Imobiliários (FIIs), no Brasil e no exterior (atualmente, com foco em NYC), e também as operações de dívida com imóveis em garantia (CRIs).


Esse olhar é absolutamente comum nos EUA e Europa, mas ainda pouco presente no Brasil. Felizmente, diversos gestores especializados têm surgido criando boas novas opções de investimento para o público em geral.


Ao pararmos para pensar que aproximadamente 30% da riqueza mundial está alocada no setor imobiliário, trazemos uma reflexão a você. Quanto do seu portfólio está investido nesse setor?


O investimento no setor de real estate (tijolo) tem quatro grandes benefícios: (i) renda; (ii) valorização (apreciação de capital); (iii) proteção contra inflação; e (iv) diversificação. De todas as vantagens do investimento no mercado imobiliário a renda é mais óbvia e representativa. É o resultado final entre receitas advindas da exploração dos ativos menos as despesas incorridas (por exemplo, com gestão da propriedade, juros de empréstimos e impostos).


Na sequência, colocaríamos o ganho por valorização dos ativos. Um exemplo prático que retrata esse ponto é a aposta das nossas carteiras no segmento de lajes corporativas em São Paulo que foi iniciada no momento de vacância mais elevada e ativos negociados abaixo do custo de reposição. Com a (expectativa) de retomada econômica, a demanda crescente por locação de espaços em regiões “premium” da capital, tais como JK, Faria Lima e Vila Olímpia, combinada com a oferta escassa deve resultar em apreciação de preço das propriedades nos próximos anos, entregando ganho aos que investiram em tais ativos em um momento menos favorável


Obviamente, esses dois aspectos – renda e valorização – são bastante afetados em momentos de crise. Entre 2014 e 2016, anos de recessão, os preços de aluguel foram caindo e a vacância aumentou, reduzindo a renda e, também, o valor dos ativos. Foi uma combinação de elevado estoque de espaços para locação e demanda decrescente – empresas fecharam, reduziram de tamanho e perderam faturamento


Exemplos práticos são os ativos Thera Corporate (THRA11) e o Edifício Faria Lima (FVBI11) que viram seus aluguéis caírem 40-50% durante a crise afetando negativamente o valor das cotas dos tais FIIs. Na época, esse movimento gerou uma boa janela de oportunidade ao investidor. Investidores que compraram e/ou seguram esses ativos tiveram uma forte valorização. Ambos ativos negociam hoje em seu “high” histórico e com perspectivas de ganhos à frente.


O terceiro grande benefício de se investir em imóveis está na proteção contra a inflação em razão da indexação do valor dos contratos de locação a índices inflacionários. Assim, durante a vigência do contrato de locação, quando a inflação sobe a receita de aluguel é corrigida em valores nominais, protegendo o retorno real do investidor.


O último grande benefício de ter investimentos imobiliários em sua carteira é a diversificação. Historicamente, a performance dos imóveis não é altamente correlacionada com outras classes de investimento, como ações e moedas. Adicionar um ativo imobiliário tende a resultar em menor risco ao portfólio em relação ao retorno esperado


E não só isso, há também a possibilidade de o investidor se expor indiretamente ao setor imobiliário via “papel”. Essa é uma opção menos arriscada que o “tijolo” e, apesar das diferenças de estrutura e dos riscos, tem o imóvel como colateral (garantia) – derivada final. Os FIIs de “papéis”, por exemplo, mais conhecidos por investir em CRIs – e também em outros títulos como LCIs, LHs e LIG –, têm características muito similares à renda fixa, como títulos do tesouro, porém com um pouco mais de risco.


Todos eles são títulos de renda fixa, com remuneração estabelecida no momento da emissão e cronograma de pagamento de juros e amortização. Os principais riscos aqui são de crédito e de pré-pagamento. É uma boa estratégia para incrementar retorno de instrumentos de renda fixa e diversificar seu portfólio, estando exposto à renda fixa com retorno similar ao de fundo multimercado e menor risco.


Em momentos de incerteza, quando há correção de preços de ativos (leia-se ações, FIIs de “tijolo”, câmbio, etc.), os FIIs de “papéis” navegam na estabilidade e baixa volatidade. Historicamente, eles negociam próximo ao valor patrimonial, mesmo em momentos de stress de mercado. Também é uma ótima proteção para momentos em que o “tijolo” fica sobrevalorizadado, como nos anos 2012-2013.

Em resumo, o investidor deve observar e ter a leitura correta do ciclo de mercado. Num ambiente de crescimento econômico, os FIIs de “tijolo” são uma boa oportunidade enquanto os FIIs de “papéis” reduzem o risco do portfólio, porém com um rendimento “turbinado”.

Sonhamos com o dia em que veremos as plataformas de investimentos e os profissionais da indústria classificarem Fundos Imobiliários de “tijolo” dentro da classe de ativos “IMÓVEIS”, e os Fundos Imobiliários de “papéis” dentre da classe “RENDA FIXA”. Seria um grande passo para uma orientação correta e responsável dos investidores.

Fundo de Fundos: uma alternativa de diversificação para investidores de FIIs
Uma dúvida muito recorrente entro os investidores iniciantes em fundos imobiliários é sobre a alocação nos fundos de fundos ou “FOFs” (Fund of Funds). Quais as possíveis vantagens em investir em um FOF? Os fundos de fundos que investem em cotas de FIIs são uma alternativa para investidores com poucos recursos e que desejam uma grande diversificação. É necessário entender que esse tipo de fundo é um importante veículo de investimentos para determinados perfis e que podem compor a carteira dos investidores mais experientes e qualificados em muitas situações.

O gestor tem que demonstrar que realmente realiza uma gestão ativa e performa no longo prazo acima do seu benchmark. Caso não performe ou não comunique de forma objetiva suas estratégias é melhor o investidor avaliar de forma cuidadosa a manutenção desse fundo em sua carteira.
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Home-Office (“HO”) e seus impactos nos escritórios
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28 / 07 / 2020 5 min de leitura
FIIs mais descontados pelo Caixa
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Em Abril, eu cheguei a escrever uma anomalia que era nítida no mercado de Fiis, com relação ao Fundo Imobiliário QAGR11. Naquela época chegamos a um ponto em que o Fundo valia menos que a sua posição em Caixa.
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Daniel Nigri
12 / 07 / 2020 5 min de leitura
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